Queremos sempre o melhor para os nossos filhos e vivemos tantas vezes divididos entre facultar a melhor alimentação possível ou querer apenas que comam o que têm no prato.
A realidade é que os bons hábitos alimentares devem vir desde muito cedo, mas se só agora começou a introduzir uma alimentação mais saudável, não se preocupe, ainda vai a tempo.
As informações contraditórias que nos são apresentadas nesta busca por uma vida mais saudável, acabam por tornar o esforço tantas vezes infrutífero e exaustivo.
O ideal será sempre seguir as dicas do pediatra do seu filho ou informar-se junto de um nutricionista. É no entanto importante que realize uma pesquisa prévia e que todas as dicas que receba do pediatra ou nutricionista vão ao encontro daquilo em que acredita. Não se coíba. Faça perguntas e tire todas as suas dúvidas.
A introdução repentina de uma alimentação diferente poderá trazer vários obstáculos. Não desespere. Se necessário e provavelmente esta será a melhor forma, faça-o de uma forma gradual e explique pacientemente os benefícios da cada alimento para que a criança satisfaça toda a sua curiosidade.
Na minha opinião, a melhor forma de incitar uma criança a comer será deixando-a participar e “meter a mão na massa”. As crianças gostam de se sentir úteis e por norma, comem sempre com gosto a refeição que ajudaram a preparar.
Saiba que os bons hábitos alimentares começam no supermercado. Levar os seus filhos às compras é um erro que se paga caro, tanto na fatura, como nos alimentos processados que acabam por ir no cesto depois de olhinhos tristes nos pedirem com fervor aquelas bolachas ou batatas que adoram.
É no supermercado que devemos escolher os ingredientes mais frescos e os produtos mais simples.
Leia os rótulos e valorize os produtos naturais. Não compre processados repletos de açúcar e ingredientes desconhecidos.
Sempre que possível, procure adquirir produtos provenientes de pequenos produtores, e biológicos de preferência portugueses.
Os lanches escolares são na maioria das vezes uma dor de cabeça. Acabamos por colocar na lancheira o habitual pão com manteiga, leite com chocolate e por vezes uma fruta que volta para casa intacta.
Também os pequenos almoços lentamente mastigados por uma criança sonolenta e sem fome são a realidade de tantas famílias. A pressa requer soluções pouco morosas e as farinhas em nada nutritivas, acabam por ganhar o destaque das manhãs.
Ao elaborar o pequeno almoço e o lanche privilegie a fruta e os legumes. Comece pelos que mais gostam e vá variando.
Não se esqueça das gorduras boas, existentes por exemplo nos frutos secos, e se quiser optar pelo pão, experimente faze-lo em casa. Verá que o pão de compra é, na sua maioria, rico em refinados, conservantes e ingredientes que não conseguimos pronunciar.
Procure receitas simples e teste-as até encontrar uma que agrade a toda a família.
Com dois ovos e uma banana madura, poderá fazer umas panquecas rápidas. Pode ainda juntar farinha de aveia, linhaça ou farinha de frutos secos e acompanhar com fruta e mel, manteigas de frutos secos, doces de fruta sem açucares adicionados e conservantes e creme de cacau e avelãs caseiro.
Troque o iogurte de sempre, por batidos de frutas e verduras e acompanhe com fruta fresca e granola caseira. Procure comprar iogurtes biológicos naturais ou adoçados com açúcares naturais. Também poderá fazer em casa os seus, com ingredientes biológicos.
Envie diariamente uma garrafa reutilizável com água, para que se hidratem ao longo do dia.
Também os bolos e bolachinhas podem ser feitos em casa. Desta forma poderá escolher criteriosamente cada ingrediente e assim consumir aquele docinho que por vezes apetece, mas de uma forma muito mais saudável.
Por fim, procure o equilíbrio. Não tenha medo de gorduras boas, presentes na manteiga e no queijo, por exemplo. Escolha os mais naturais possíveis, sem conservantes químicos e ingredientes desnecessários. Os açúcares naturais também podem ser consumidos sem culpas. O equilíbrio é fundamental, e sem exageros os nossos filhos podem consumir um pouco de tudo, sabendo que a sua alimentação diária é naturalmente rica e o mais pura possível.
Aqui fica uma receita de umas bolachinhas que podem e devem ser feitas a várias mãos e depois comidas sem culpas.
Encontrará muitas outras opções saborosas e muito mais saudáveis. Mas estas, realizadas com ingredientes biológicos e sem produtos refinados, são sem dúvida, um bom compromisso.
Bolachas de Espelta Integral
Ingredientes:
250 gr. de farinha de espelta integral
100 gr. de açúcar mascavado
1 colher de sopa de manteiga sem sal
1 ovo
1 colher de sopa de leite
1 colher de chá de bicarbonato de sódio
Preparação:
Misture os ingredientes.
Forme bolinhas e coloque num tabuleiro forrado com papel vegetal.
Pressione de forma a que fiquem achatadas e leve ao forno pré aquecido a 180º durante 15 min.
A Vanessa também escreve aqui. Num sitio só seu.
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2 COMMENTS
Cláudia
7 anos agoGostei das dicas =)
E essas bolachinhas devem ser boas =)
Beijocas
Vanessa
7 anos agoObrigada Cláudia.
As bolachinhas são muito simples e crocantes. Ótimas para acompanhar um chá 🙂
Beijinhos