Descobri depois de ser mãe, que sou uma pessoa que gosta de rotinas. Quando tive a minha filha mais velha, toda a gente me aconselhava rotinas, para banhos, comidas, hora de ir para a cama, ajuda o bebé e a criança a saberem o que os espera e torna as tarefas mais fáceis. Resultou para mim, principalmente a rotina que criei para as deitar. Jantar, banhinho quente para acalmar, uma história e cama, realmente a coisa parece-me que funciona melhor assim.
À medida que a mais velha começou a crescer, as rotinas começaram a ser mais quebradas, mas ela também já percebe melhor as coisas e já é muito mais fácil para ela lidar com imprevistos e coisas que fogem à regra. Com a bebé, a principal rotina que uso é na hora de ir para a cama, tento que seja sempre à mesma hora e seguindo sempre os mesmos passos. O que eu descobri, foi que mudar a rotina, às vezes é mais complicado para mim, do que para elas. Admito que entro um bocadinho em stress e sofro por antecipação quando sei que a vou quebrar, e isto é uma luta comigo mesma, ainda me lembro da primeira vez que saímos com a mais velha para ir passear numa noite de verão depois do jantar, estava uma pilha de nervos a pensar que a criança não ia dormir bem, que lhe ia fazer confusão, o diabo a sete! Como é óbvio correu tudo bem, dormiu na mesma, não acordou mais do que devia durante a noite e os pais adoraram poder passear depois da hora de recolher.
Dito isto, ainda não consegui quebrar a rotina com a mais pequenina, ainda não jantei em casa de amigos nem em restaurantes com ela (fica sempre em casa dos avós) e está-me a fazer comichão o natal que vai ser passado fora com a família em que o voo calha mesmo à hora de banhos e dormidas, o meu ser interior, aquele que pensa logicamente e me acha ligeiramente parva, sabe que é ridículo, mas a maníaca dos controlos ainda vem à superfície de vez em quando para me atazanar o juízo e me fazer sofrer por antecipação.
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