No final de cada dia, eu tenho por hábito, pegar no telemóvel e apagar fotos (que tiro para o site), registo de chamadas, mensagens (de publicidade por exemplo), ou alguma nota de que já não precise.
Reparei que este mês, houve mais do que um dia que com excepção dos colegas de trabalho, eu só falei com o meu pai e com o meu irmão (estes dois eu não dispenso). E falei com eles durante o dia, porque à noite não tenho registo de chamadas, de mensagens, nem de qualquer contacto (não conta as mensagens que recebo no messenger de pessoas que não conheço e que nem respondo).
Isto tudo para vos dizer que não senti necessidade.
Estou tão embrulhada nas minhas coisas, estou tão “na minha vidinha” que não senti falta de conversar, de conviver e verifiquei que gosto muito da minha companhia. Há imenso tempo que não me sentia assim.
Posso ter muita coisa a mudar na minha vida e quero fazê-lo o mais breve possível, mas solidão é coisa que não sinto. E já senti solidão quando vivia em união de facto e tinha um grupo de 50 pessoas, é estranho, mas muito verdadeiro.
Tenho pessoas muito importantes na minha vida (poucas) e não gostaria de viver sem elas, daquelas mesmo próximas, daquelas amizades que sei que posso contar a qualquer momento, mas gosto tanto do “tempo para mim” que há alturas em que não preciso de falar nem de conviver.
E também, neste momento, eu estou muito virada para conhecer pessoas fora do circulo de amigos. Relacionamentos então está fora de questão. Se é amigo de alguém do circulo de amigos, perco logo a pica. Sou assim.
Enfim…
Gosto de ler, gosto de ver a novela, gosto de escrever, gosto de ver as minhas séries, gosto de ver snooker, gosto de ver as noticias, gosto de comer castanhas no sofá, gosto de passear sozinha, de ir à praia e estar ali no paredão a olhar para o horizonte. E para isso só preciso de mim 🙂
Paz, é só isso que eu quero.
Não estou para guerrinhas, nem fretes nem estou para amizades por conveniência.
Tenho na minha vida pessoas de quem gosto muito e isso chega-me.
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