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Rubrica: Os três taquitos – Gravidez: Público ou Privado?

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Hoje vamos abordar um tema que gera muitas dúvidas entre as grávidas de primeira viagem (e não só!), que é o acompanhamento na gravidez, pelo público e/ou privado.

No nosso caso específico, decidimos ser acompanhados no público e no privado. Nesta escolha tem que se ter em conta inúmeros factores, nomeadamente: a confiança no médico de família, o facto de se querer ter o parto no público ou no privado, o número de ecografias que se vai ter, entre outros. Também na vossa escolha, devem ter em consideração como é acompanhada uma gravidez “normal” (ou seja, que não é de risco) no SNS:

Em primeiro lugar, quando descobrem que estão grávidas, marcam uma consulta de saúde materna no centro de saúde. No nosso caso, quando lá chegámos, foi-nos dado o boletim de grávida, um papel com a isenção de taxas moderadoras (a grávida não paga taxas moderadoras até ao final da gravidez), várias explicações sobre a calendarização das próximas consultas/ecografias e o encaminhamento para um hospital público para fazer a ecografia do primeiro trimestre (entre as 11 e as 13 semanas). Quando somos seguidos no público, também temos direito a cheques dentista.

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Se formos seguidas em exclusivo no público, temos 3 ecografias na gravidez: uma em cada trimestre de gravidez. Quando são marcadas as ecografias, em geral, faz-se análises de rotina (sangue e urina). Por volta das 26 semanas, fazemos também o exame do despiste da diabetes gestacional.

Depois, em cada mês de gravidez, temos uma consulta de saúde materna no centro de saúde, na qual somos acompanhadas por uma enfermeira de saúde materna e a nossa médica de família/médico assistente. Nessas consultas, é feito o seguinte: Pesar, medir a tensão arterial, medir as pulsações do bebé (em geral, a partir das 12 semanas), são dadas orientações sobre a alimentação e outras gerais e marca-se os próximos exames/ecografias/análises.

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A partir das 34 semanas, somos encaminhadas para o hospital público da nossa área de residência, para lá termos a primeira consulta (para verificar o estado geral da gravidez), e para, por volta das 37/38 semanas, fazermos o primeiro CTG.

Agora, a nossa opinião pessoal: nós fomos seguidos no público e no privado, apenas pela ansiedade e curiosidade de ver o nosso bebé todos os meses e saber se estava tudo bem. Sinceramente, se quiserem ter o parto num hospital público e se confiarem na/o vossa/o médica/o de família, é mais que suficiente serem acompanhadas no público. O meu obstetra deu-me os mesmos conselhos que a médica de família, fez as mesmas medições, os mesmos exames, excepto na parte que, no final de cada consulta mensal, o obstetra fazia todos os meses uma ecografia ao bebé – com a médica de família fazem “apenas” a auscultação para ouvir o coração do bebé -.

Por essa razão, no nosso entender, quem puder financeiramente e quiser, poderá ser seguida no privado, pela felicidade que é ver o nosso bebé todos os meses, mas é apenas por isso, pois no público temos os mesmos cuidados e fazemos os mesmos exames que no privado.

Claro, isto é a nossa opinião e foi de facto a nossa experiência pessoal.

Qual é a vossa opinião? Acham que vale a pena ser seguido no público e privado? Ou só no privado? Ou no público basta?

Obrigado e até à próxima! 🙂

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8 COMMENTS

  • carla

    Olá
    Tenho um bebé com 10meses e fui seguida em ambos. O meu centro de saúde não tem enfermeira de saúde materna e estive sem médico até as 36 semanas. Todos os meses era um diferente… tenho uma obstetra fantástica e isso ajudou muito
    Acredito no público, sou enfermeira e acho que deve ser a primeira opção, mas quando faltam recursos e para quem pode, por vezes é melhor utilizar ambos os sistemas para salvaguardar a nossa saúde e a do bebé.
    Carla

  • Cláudia

    Muito interessante.
    Isto ajuda imenso a quem quiser ser mãe =)

    Beijocas

  • Susana

    Não concordo que o público seja a mesma coisa que o privado em várias coisas.
    No privado no último mês de gravidez faz se uma ecografia semanal. No público apenas fazem o CTG. A minha sobrinha se fosse seguida no público provavelmente as coisas tinham corrido muito mal pois 3 semanas antes da DPP ela parou de crescer e ficou com o cordão umbilical enrolado no pescoço. Teve de nascer de urgência. Isso no público era impossível de ver. Há consultas mensais a gravidez toda e há sempre uma ecografia.
    No parto o pai pode assistir sempre, a mãe tem direito a um quarto só para ela e o pai pode ficar a dormir no quarto com ela. Não tem de ficar sozinha numa sala cheia de mulheres cada uma a fazer barulho. Ou seja consegue descansar muito mais. Depois há histórias pavorosas (conheço várias) sobre partos no público em que deixam a mãe a sofrer às vezes dias só para não fazerem cesariana e no final o bebé acaba por entrar em sofrimento e é feita cesariana na mesma. Eu sinceramente tenho seguro de saúde só por causa de poder ter um parto no privado com o meu Obstetra no qual confio a 100%. Lamentável é termos de recorrer ao privado para termos um atendimento decente.

  • Andrea

    Na minha opinião depende da zona do País que estamos! Na minha zona o serviço de Centro de Saúde é fantástico, quase toda a população tem um Médico de Família! Eu fui seguida no público e no privado!
    Quando soube que estava grávida a minha primeira consulta foi no privado! Mesmo assim, fiz questão de ser acompanhada pela minha médica de família! Planeamos tudo no privado, mas sempre com a salvaguarda (no caso de existir uma emergência e ter de ir para qualquer um hospital público) do SNS!
    Prescindi das ecografias no público porque não achei necessário estar a gastar esse recurso ao Estado, enquanto que as fazia no privado. Todas as ecografias que fiz levava-as à minha médica de família para ela inserir no meu processo. Graças a Deus correu tudo bem, mas aconselho a quem opte pelo privado, nunca desligar o público porque nas grandes aflições quem nos acode é mesmo um hospital público!
    Não tive o meu filho no público por uma simples questão: O Hospital público mais próximo da minha residência serve muita população, ou seja é um "salve-se quem puder", e contam-se histórias infindáveis e horrorosas daquele hospital. Apenas joguei pelo "seguro"! Mas para quem não pode, é rezar para que tenham sorte com a equipa que lhes calha na hora…

  • Ana Rita

    Boa tarde!
    Eu fui seguida no publico e o meu objetivo foi que a minha filha nascesse no publico. Contudo também fui seguida por uma obstetra, numa clinica privada. Uma medica em quem tinha total confiança e que tambem me atendia a "qualquer hora". Podia ligar-lhe caso tivesse duvidas. Mas confiei sempre no publico. O meu receio era que no parto algo corresse menos bem, e eu ou a minha filha precisássemos de cuidados de emergência, e o privado não assegura todos cuidados de emergência. Conheço um caso em que a mãe optou por ter o bebe no privado. O bebé nasceu com um problema cardiaco e teve de ser transferido de imediato para o Hosp. S.João. Tudo tem vantagens e desvantagens.

  • Marta A.

    Estou grávida de 15 semanas e estou a ser "seguida" no público no privado. Não tenho direito a médico de família no meu posto médico e a primeira consulta de saúde materna apenas serviu para me darem a isenção. Não fui pesada, medida tensão, não me explicaram nada nem me mandaram fazer nada. A segunda consulta foi há duas semanas. Às 13 portanto. Mediram a tensão, pesaram e viram o resultado das análises passadas pelo privado porque tinha umas dúvidas e ainda faltava uma semana para a consulta. O médico passou-me já as análises do 2o trimestre e uma ecografia (não me falou de hospital mas agora fiquei com a dúvida). Deu a indicação de a próxima consulta ser em janeiro. Na altura não tinha conhecimento que deveria pedir uma declaração em como estava grávida de mais de 13 semanas para apresentar na SS a fim de pedir abono pré-natal e não me marcam nova consulta no médico sem ser por ordem deste, ou seja, só em janeiro. Sabendo que o meu centro de saúde funciona muito mal uma das primeiras coisas que fiz quando pensei em engravidar foi o seguro de saúd. Não está fácil suportar as despesas mas não sei como faria se não estivesse a ser também seguida no privado. Está tem sido a minha experiência ecomo mãe de primeira viagem também não sei bem o que exigir do público (embora o correto não seja ser eu a exigir e sim eles a informar). Cumprimentos

  • Andreia Cruz

    Bom dia. Fui mãe há 8 meses. E sempre fui seguida apenas pelo privado. Foi opção minha e do meu marido não ser seguida em público por uma razão muito simples. Somos ambos enfermeiros e todos nos conhecem no centro de saúde da nossa área de residência pelo que era muito difícil manter o sigilo que toda a mulher/casal gosta e deve manter no início de uma gravidez. Isto porque ja tinhamos passado por um aborto espontâneo anteriormente, e infelizmente muita gente usou uma informação errada quando já não havia gravidez.
    Por isso, na 2a gravidez ja não quisemos passar novamente por esse tipo de constrangimentos. Fomos seguidos desde o início no privado e sempre com a intenção do parto ser no hospital público mas como as coisas no final não correram como era esperado, pois o meu bebé às 39semanas entrou em sofrimento fetal e tinha que ser um parto de emergência. Acabámos por te-lo no hospital privado por cesariana de emergência. E a nossa opinião e convicção é que foi a melhor decisão que podíamos ter tomado. A cesariana foi a minha obstetra que fez. O pai sempre presente. Privacidade ao máximo. Visitas as mínimas possível. O atendimento foi 5 estrelas. Adorei. E o nosso bem haja a toda a equipa dda maternidade e neonatologia do Hospital Particular das Gambelas- Faro!

  • Cátia

    Gostava que alguém me pudesse dizer, no geral, claro, qual o valor de se ser seguida só no privado durante a gravidez?

    Muito obrigada, desde já.

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