O passar do tempo fez-me perder a vergonha.
Eu fui a culpada de estar a passar por esta fase, e por isso tenho que me adaptar e arcar com as consequências.
Já passei por bastante e muitas das vezes, pensei que não era capaz, que não ia aguentar, que não era para mim, que nunca na vida eu ia ser capaz de fazer isto ou aquilo.
Pura ilusão!
Na necessidade, fazemos tudo e mais alguma coisa.
Há muitas pessoas que não tomam determinadas atitudes, porque preocupam-se com o que os outros pensam.
Precisei de roupa, houve leitoras que ofereceram roupa e eu uso-as sim, tenho outras peças que tenho que apertar ou fazer alterações. Estão ali, arrumadas à espera de poder gastar esse dinheiro na costureira. Outras estão à venda em sites de classificados (com a devida autorização da pessoa, como é óbvio).
Das vezes que fui jantar fora (sim já fui algumas vezes jantar fora) abdiquei de outras coisas para isso, mas achei que fazia bem à minha auto-estima, à minha cabeça. Em casa sem trabalhar e sem sair dava em doida. E eu preciso de ter a cabeça sã para resolver os meus problemas.
Escolho sempre um restaurante em conta e um prato com um preço acessível. E muitas vezes sobra comida.
O que faço?
Peço uma caixa e levo para casa.
Passei a carne por água, desfiei, fiz um pouco de arroz e o meu Simão delirou.
E penso que essas sobras dão para algumas refeições do Simão e é dinheiro que poupo.
E vocês?
Já levaram comida para casa?
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